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terça-feira, 23 de junho de 2020

Vigésimo Oitavo Capítulo - Jorge pede Márcia em casamento!



                  Finalmente , Jorge respirou aliviado ! Ao término de um contato via celular ele conseguiu um funcionário que enviou-lhe por e-mail um excelente currículo,  que apresentou uma qualificação bem acima do esperado.   O jovem era além de farmacêutico, químico formado com especialidade em perfumes, e foi exatamente isso que fez Jorge decidir por sua contratação.   Outro ponto favorável :  Ele reside há apenas 40(quarenta) minutos da Vila dos Pescadores e 20( vinte) de Monte Alvino, bem a propósito sobre seus planos de criar sua primeira loja de perfumes dentro do Shopping.  

               De início Jorge vai observar seu desempenho na farmácia da Vila, o trato com a clientela, e saber mais a respeito de seus conhecimentos em perfumaria.    Observou que entre os seis(seis) empregos o novo funcionário estagiou numa importante empresa do ramo, e gostaria de perguntar porque não foi efetivado.   Na segunda-feira conforme o combinado, ele traria sua carteira de trabalho, uma foto recente, e seus exames médicos mais recentes. Dispensou sua passagem pelo contador porque precisava de mais braços na organização da loja. Evidente que ele confirmaria os empregos registrados, e depois o encaminharia ao contador já acertando seu salário.  Iria pagar um bom salário, por sinal.

                 Através de Márcia, Jorge sabia de quase tudo o que acontecia na Cooperativa, principalmente naquela semana que ele e Márcia ficaram juntos.   Sobre a reunião da quarta-feira ele só veio a saber das novidades no final da tarde de quinta-feira, quando já anoitecia.  Foi sensacional a notícia da construção da futura ponte sobre o rio Marajoara, e a aprovação do projeto da Unidade de Inseminação Artificial de Peixes e Crustáceos.   Formidável a iniciativa do Prefeito em gerar empregos , e empregos significa mais clientela!   

___Posso imaginar a cidade crescendo, novos negócios surgindo!  Pensava Jorge com seus botões.

                   Márcia falou com sua mãe que estava com saudades de Jorge, e como eles iriam passar o sábado na Ilha dos Marrecos comemorando o aniversário de Anita, ela queria ''namorar'' um pouco.

___Você gosta mesmo dele, filha? perguntou a mãe

___Muito mãe, não sabe quanto! Ele é o homem da minha vida! respondeu Márcia com um brilho nos olhos

___Você  é igualzinha à mim. Tem o mesmo brilho, eu conheço, mas repito para ter cuidado, você sabe do que estou falando, certo?

___Tranquila mãe! Como diz o Gervásio.

 ___Estou falando sério! retrucou

___Sem gíria, eu afirmo prá Senhora:  Eu amo o Jorge e até agora ele manteve-se na linha!

___Ahh é...cuidado que o trem pega!

___Vixe mãe, que piada velha!  Olha eu só vou lá me despedir.  Beijinho por celular, é ruim, hein?

___Vai filha...atrás...

___Do meu destino!  sorriu Márcia.    Estou indo Mãe!

___Deus te abençoe e Nossa Senhora dos Navegantes te guarde!

___Amém!

            O pai já dormiu, vai...eu dou cobertura, é assim que se fala?

___Acertou!  Beijinhos!   E deu um abraço na mãe!


             Ainda era o começo da noite, mas após o jantar D.Teresa convenceu a todos a descansarem para a viagem do dia seguinte. Lembrou que  acordariam cedo novamente, porém, para pegarem o Saveiro Fortuna e zarparem na maré alta.

___Filha, não esqueça de voltar logo, precisamos acordar cedinho por causa do Saveiro.

      Ela ouviu a voz da mãe e fez sinal de ''psiu'', de silêncio com o dedo indicador, ou acordariam o pai.   Desceu a ladeira em direção da praça central onde ficava o hotel ao lado da farmácia, agora, a farmácia de Jorge.  Cobriu a cabeça com um véu azul celeste e calçava um sapato de salto baixo. A ladeira era íngreme, pedras antigas, da época da colonização portuguesa e um tempo de dominação holandesa.     A Vila dos Pescadores pouco mudara em seus antigos casarões.   Jorge a esperava junto à porta balcão bem ao lado do prédio da Farmácia que ele acabara de fechar.  Durante o trajeto Márcia enviou um SMS pelo celular.   Ás vezes o sinal era bem fraquinho. Mas ela conseguiu avisá-lo que estava chegando.

      Morrendo de saudades ela correu para seus braços!   Subiram a escada aos beijos, e ele dizia:

____Como eu te amo, como eu te amo!

        Após o corrimão em ''s'' abriram uma porta no corredor de cima à esquerda.  Ele abriu outra porta-balcão com vistas para o mar.  Jorge ficara com o melhor quarto desde que se estabelecera na cidade, e não fazia questão de sair dali. Tão perto, perto mesmo do seu trabalho, o seu negócio, a sua farmácia.

           Assim que transpuseram a porta  Jorge ajoelhou-se para surpresa de Márcia e segurando uma caixinha de veludo branco nas mãos, ele a abriu lentamente exibindo um lindo anel de brilhante, e fez o inesperado, e surpreendente pedido:


____Você quer se casar comigo?




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